EaD: Uma
Modalidade Educacional
A EaD surgiu, inicialmente, com o
intuito de possibilitar às instituições de ensino a oferta de cursos supletivos
para atender àqueles discentes que estariam fora da faixa etária dos cursos
regulares. A verdade é que essa modalidade de ensino não é recente, pois, já
existe desde o século passado e ficou mais acessível com as novas tecnologias
da informação que surgiram na década de 70 com o objetivo de difundir a
comunicação e informação em larga escala, facilitando a utilização de conteúdos
digitais por meio de redes.
Com a popularização dos recursos
digitais, possibilitada pelo surgimento da internet, a EaD obteve um grande
avanço, em especial no Brasil, onde essa modalidade educacional é assegurada
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que define os cursos
à distância que
conferem certificados ou diplomas de conclusão de curso.
Segundo Paulo
Ramos, “As TIC –
Tecnologias da Informação e Comunicação – trazem novas perspectivas para a
sociedade ao derrubarem barreiras geográficas e promoverem o acesso,
potencialmente ilimitado, à informação e à comunicação numa possibilidade
universal, eficiente e imediata.”
Diante dessas novas probabilidades a “nova”
modalidade educacional almeja estimular estratégias que possam propiciar a
autonomia do educando de modo a contribuir com o desenvolvimento de habilidades
e competências necessárias a seu percurso acadêmico, ou seja, uma nova forma de
aprendizagem que requer maneiras díspares de interação entre educando e
educador na construção do conhecimento.
Pois de acordo com Behrens (2000,
p.78):
Num mundo
globalizado, que derruba barreira de tempo e espaço, o acesso à tecnologia
exige atitude crítica e inovadora, possibilitando o relacionamento com a
sociedade como um todo. O desafio passa por criar e permitir uma nova ação
docente na qual o professor e aluno participam de um processo conjunto para
aprender, de forma criativa, dinâmica e encorajadora, e que tenham como
essência o diálogo e a descoberta.
A mediação desses cursos chamados
virtuais dar-se-á por meio de tecnologias ou mídias e
é realizada por tutores que estimulam os discentes dessa modalidade de ensino a
buscarem novos saberes.
Diante disso, percebe-se que é preciso
aprender a lidar com as novas tecnologias, pois só será possível desenvolver atitude
crítica e inovadora nessa perspectiva se soubermos fazer bom uso dos aparatos
tecnológicos. Ou seja, essa habilidade é um dos requisitos essenciais a serem
observados na escolha da modalidade de ensino à distância e das instituições.
As instituições devem estar equipadas
com todos os recursos essenciais para atender às necessidades de uma educação à
distância, tendo em vista que a internet é um dos principais instrumentos
tecnológicos usados nessa modalidade de ensino, mas não é o único.
Sabe-se que a revolução tecnológica
mudou a cara da educação e, a partir dessas transformações, tornou-se
necessária a revisão dos paradigmas para atender à nova geração, a chamada
geração EaD. Paulo Ramos admoesta:
“Que
as novas tecnologias da informação e comunicação (TIC), estão sendo
introduzidas no processo ensino- aprendizagem levando em consideração toda uma
abordagem didático-pedagógica, que objetiva o desenvolvimento de habilidades e
competências no educando”.
O desenvolvimento dessas habilidades e competências para
a busca da aprendizagem instiga o educando a assumir um papel de pesquisador.
Papel esse fundamental para ingressar num curso online.
É por isso que a EaD é diferente das
outras modalidades de ensino. Além de exigir que o educando busque o
conhecimento, tornando-se co-autor da sua aprendizagem, faz, ao mesmo tempo,
uma avaliação contínua de todos os envolvidos no curso.
Entretanto, a sua prática não deve
limitar-se apenas ao domínio dos conteúdos, mas também ao domínio dos aparatos
tecnológicos. Pois, para ter acesso a uma educação virtual mediada pelas novas
tecnologias, faz-se necessária a adoção de novas metodologias que possibilitem
um ensino-aprendizagem de qualidade.
Como afirma (Belloni 1999,p.5):
“As sociedades
contemporâneas e as do futuro próximo, nas quais vão atuar as gerações que
agora entram na escola, requerem um novo tipo de indivíduo e trabalhador em
todos os setores econômicos: a ênfase estará na necessidade de competências
múltiplas do indivíduo, no trabalho em equipe, na capacidade de aprender e de
adaptar-se a situações novas.”
Essas novas situações, certamente,
exigem do indivíduo uma aprendizagem eficaz, capaz de adaptarem-se as
necessidades e possibilidades existentes e ao mesmo tempo criar novas formas de
saberes.